O relatório de mercado do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) desta semana indica que, com base nos dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), até o dia 12 de novembro, 53,9% da área de milho estimada foi semeada no Brasil. Esse número corresponde a um avanço de 10,9% na comparação com a semana anterior. Já em relação ao mesmo período da safra ada, a semeadura está com atraso de 9,10%.
O cenário está atrelado à redução nos volumes de chuva nas principais regiões produtoras do milho primeira safra no Brasil, como o Sul e Sudeste, nas quais os agricultores esperam a água cair do céu para intensificar a semeadura do cereal. Contudo, para o próximo mês, são esperados volumes diários de chuva abaixo da média histórica em grande parte das regiões, o que pode prejudicar a produtividade e, por consequência, a produção estimada de milho primeira safra no Brasil para o ciclo 2022/23.
Custo de produção 3r6y6p
Ainda conforme o relatório, o custo de produção do milho para o ciclo 2022/23 em outubro deste ano no estado mato-grossense apresentou uma retração de 0,31% em relação à setembro, e ficou estimado em R$ 3.355,76/ha. Esse movimento ocorreu devido a menor demanda por fertilizantes no mercado internacional, que impactou nas cotações desses produtos no estado.
Apesar da redução dos preços dos fertilizantes e do favorecimento das relações de troca (barter) para o produtor, a comercialização do adubo para a próxima safra do cereal está atrasada em 8,2% frente ao ciclo 2021/22, com 74,96% do total negociado.
Por fim, uma parcela de produtores segue aguardando melhores oportunidades de negócio para travar seus custos, mas, com a aproximação do início da semeadura do milho, a tendência é que essas negociações se intensifiquem nos próximos meses.
Com informações do Imea
Foto de capa: Wenderson Araújo/CNA-Senar