O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 4, impulsionado pela fraqueza do dólar, tensões comerciais, demanda contínua por parte dos bancos centrais e dados econômicos dos EUA que reforçaram a busca por ativos de refúgio.
O contrato de ouro com vencimento em junho avançou 0,70% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.373,50 por onça-troy. No mesmo período, o índice dólar DXY recuava a 98,697 pontos.
A valorização do ouro ganhou força após a divulgação de dados fracos da economia americana. O índice ISM de serviços caiu para território de contração pela primeira vez desde junho do ano ado, enquanto a criação de empregos no setor privado ficou bem abaixo das expectativas do mercado.
Diante dos números decepcionantes, o presidente Donald Trump voltou a pressionar o Federal Reserve, pedindo publicamente que inicie cortes nas taxas de juros.
As tensões comerciais entre Estados Unidos e China também seguem no radar, com Trump afirmando que é "extremamente difícil" fechar um acordo com o presidente chinês Xi Jinping, o que reforça a aversão ao risco e favorece o ouro.
"As idas e vindas nas tarifas de Trump já levaram investidores a abandonar ativos dos EUA em busca de refúgios seguros, como o ouro e outras moedas, diante da expectativa de que as incertezas comerciais afetem a economia global", disse Amelie Derambure, gestora da Amundi.
Segundo analistas do ING, os bancos centrais globais adicionaram um total líquido de 12 toneladas de ouro às reservas em abril. Apesar da continuidade das compras, o volume representa uma desaceleração de 12% em relação a março.
Agora, o mercado volta as atenções para o relatório oficial de emprego (payroll) dos EUA, que será divulgado na sexta-feira e pode oferecer pistas sobre os próximos os da política monetária americana.
* Com informações da Dow Jones Newswires