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Índice "Chill Index" alerta para risco da chegada do frio no Rio Grande do Sul 6q1f71

Ferramenta adaptada pelo Simagro para o RS conta com sistema de alerta em cores 152t4m

05/06/2025 às 08:45 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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Nestes dias gelados no Rio Grande do Sul, com registro de baixas temperaturas e até neve em algumas regiões, os cuidados com os animais no campo são fundamentais. Estudos mostram que alguns dos problemas que ocorrem onde a ovinocultura é explorada de modo extensivo, são as altas taxas de mortalidade perinatal dos cordeiros.

Em rebanhos criados a campo no Rio Grande do Sul, a baixa eficiência reprodutiva tem sido associada com a alta mortalidade perinatal de cordeiros, que variam de 15% a 40% dentro das 72 horas após o nascimento, sendo o complexo inanição-exposição (fome/frio) o responsável pela maioria dessas mortes. Fatores ambientais como aumento do vento, chuvas abundantes e baixas temperaturas podem aumentar os efeitos adversos desse complexo. 

Pensando nestas questões e buscando prever ou reduzir a influência negativa do complexo inanição-exposição sobre a sobrevivência dos cordeiros foi desenvolvido um sistema que alerta os produtores sobre a chegada do frio. “Nós desenvolvemos aqui na Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em uma parceria entre o Departamento de Desenvolvimento e Pesquisa Agropecuária e o Simagro, uma ferramenta com informações sobre as condições ambientais para nascimento dos cordeiros, chamada “Chill Index”, ou “índice de frio”, explica o médico veterinário do CESIMET/Seapi, de Hulha Negra, Gabriel Fiori. É um índice biometeorológico relacionado à probabilidade de sobrevivência de cordeiros nas primeiras 72 horas de vida e naquelas semanas após a esquila.

“O índice considera fatores como temperatura e vento, que afetam a capacidade do animal de manter a temperatura corporal, e é utilizado para alertar sobre o risco de estresse térmico, que pode levar à morte”, afirma o coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), meteorologista Flávio Varone. 

Como o índice funciona

Estudos prévios permitiram associar diferentes valores do índice de resfriamento com o risco de mortalidade de cordeiros ao nascer. Com base nestes estudos, os níveis de risco e mortalidade potencial de cordeiros em relação a quatro faixas de coloração (normalidade, leve atenção, atenção e alerta) foram estabelecidos para o índice, indo do verde ao vermelho. O verde indica normalidade, não havendo risco de mortalidade de cordeiros, o amarelo indica leve atenção, o laranja atenção e o vermelho mostra que o risco de mortalidade é crítico, com uma taxa de mortalidade de cordeiros (considerando como parâmetro gêmeos Merino) maior que 73%. 

“O Simagro disponibiliza, através de seu modelo numérico, que combina modelos de previsão com algoritmos de inteligência artificial, a previsão para até 7 dias das áreas com potencial de risco em todo Rio Grande do Sul”, diz Varone. A combinação de temperatura do ar, umidade, velocidade do vento e presença de chuva, influencia a perda de calor corporal dos ovinos, especialmente em animais jovens ou com pouca proteção logo após a esquila.

“A ferramenta serve de apoio na tomada de decisão do produtor em agir para contornar as adversidades previstas, utilizando manejos como abrigos, maior frequência de recorridas nos potreiros de parição (duas ou mais vezes por dia), alimentação energética para as matrizes, além de estar preparado para atender e dar e a cordeiros hipotérmicos (“encarangados”)”, explica Fiori. Ele afirma que é importante o rebanho chegar a este período com adequada condição nutricional e sanitária.

O Chill Index deve ser usado como um complemento a técnicas já desenvolvidas pelos criadores, possibilitando o aumento dos resultados produtivos da ovinocultura gaúcha. 

Para mais informações e: https://simagro.rs.gov.br/alertas-agroclimaticos

texto: Maria Alice Lussani/Ascom Seapi
fotos: divulgação Seapi


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