As exportações totais de carne bovina (carnes in natura + carnes processadas e miudezas comestíveis, entre outros), atingiram uma receita de US$ 1,297 bilhão em maio, num crescimento de 19,6% sobre o mesmo mês do ano ado, com US$ 1,085 bilhão, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secex, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No volume, a movimentação cresceu 8%: em maio de 2024 foram 273.949 toneladas e em maio de 2025 de 296.090 toneladas. O crescimento maior na receita é resultado do aumento dos preços do produto brasileiro no mercado internacional, refletindo também a valorização do boi gordo neste ano no mercado interno: em maio de 2024 o preço médio da tonelada foi de US$ 3.960 e em maio de 2025 subiu para US$ 4.381 por tonelada.
Segundo a ABRAFRIGO, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano as exportações totais já renderam US$ 5,941 bilhões (+22,5%) contra US$ 4,849 bilhões no mesmo período de 2024. No volume, as exportações foram de 1.348.801 toneladas neste ano (+12,6%) e de 1.197.901 toneladas no ano ado, nos cinco primeiros meses do ano. Os preços médios de 2024 atingiram US$ 4.048 e US$ 4.405 em 2025, no período de janeiro a maio.
Em primeiro lugar entre os compradores da carne bovina brasileira, a China importou 476.267 toneladas em 2024 nos cinco primeiros meses deste ano e elevou suas aquisições para 497.525 toneladas (+4,5%). A receita cresceu 16,6% no período, ando de US$ 2,114 bilhões em 2024 para US$ 2,465 bilhões em 2025 (+ 16,6%). Os preços de exportações para a China também refletem, neste ano, a valorização da matéria-prima no mercado interno: em 2024 o preço médio até maio foi de US$ 4.440 por toneladas e em 2025 subiu para US$ 4.955 por tonelada no mesmo período. A participação da China na receita do total exportado pelo país caiu de 43,6% em 2024 para 41,5% em 2025.
Na segunda posição, os Estados Unidos adquiriram 180.115 toneladas em 2024 e 321.820 toneladas em 2025, até maio (+78,7%). Na receita, a evolução foi maior: ou de US$ 509,9 milhões em 2024 para US$ 1,082 bilhão em 2025, num crescimento de 112,4%. A evolução foi proporcionada pelo preço médio que subiu de US$ 2.830 por tonelada no ano ado e ou para US$ 3.365 por tonelada neste ano. A participação dos EUA na receita do total exportado aumentou de 10,5% no ano ado para 18,2% neste ano.
O Chile se colocou como o terceiro maior importador, elevando as 38.434 toneladas de 2024 para 49.330 toneladas, em 2025 (+28,4%) nos cinco primeiros meses do ano. A receita foi de US$ 182 milhões para US$ 263,1 milhões (+ 44,6%), graças aos preços médios que subiram de US 4.740 no ano ado para US$ 5.330 neste ano. O México se posicionou na quarta colocação, elevando as aquisições de 14.272 toneladas em 2024 para 35.716 toneladas em 2025, o que proporcionou um crescimento na receita de 182%: de US$ 66,2 milhões no ano ado para US$ 186,7 milhões neste ano. No ano ado o México era o 110 colocado.
No total, 120 países aumentaram suas importações, enquanto 44 reduziram as compras.
Com informações, Abrafrigo